Geotecnia 133

Geotecnia 133

Nº133 – Marzo 2015

ÍNDICE DE ARTÍCULOS:


1.- «UM MODELO HIDROMECÂNICO PARA ANÁLISE DE FUNDAÇÕES DE BARRAGENS GRAVIDADE EM BETÃO». Nuno Monteiro Azevedo, Maria Luísa Braga Farinha

2.- «ESTIMATIVA DA RESISTÊNCIA NÃO DRENADA ATRAVÉS DA ENERGIA DE CRAVAÇÃO DO SPT». Camilo Andrés Muñoz Rodríguez, Fernando Schnaid, Edgar Odebrecht

3.- «CORRELAÇÃO ENTRE MOVIMENTOS DE MASSA E PLUVIOSIDADE NAS ENCOSTAS DE JOÃO PESSOA/PB – BRASIL». Fábio Lopes Soares, Geraldo Moura Ramos Filho

4.- «ANÁLISE DAS TENSÕES IN SITU NA MINA CUIABÁ – SABARÁ – MINAS GERAIS – BRASIL». Isabela Ribeiro Tropia, Rodrigo Peluci de Figueiredo

5.- «CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DO SOLO DA CIDADE DE UBERLÂNDIA (MG) / BRASIL PARA UTILIZAÇÃO EM ATERROS SANITÁRIOS». Ana Carolina Gonzaga, Filipe Augusto Silva de Almeida, Giovanna Monique Alelvan, Renata Cristina de Oliveira Guimarães, Karla Maria Wingler Rebelo

6.- «ESTUDO DA INTERAÇÃO SOLO-ESTACA SOB CARREGAMENTO HORIZONTAL». Priscila de Christan, Rogério Francisco Kuster Puppi

7.- «RESISTÊNCIA AO CORTE EM OBRAS DE TERRA – ALGUNS CONCEITOS E DEFINIÇÕES». Luís Joaquim Leal Lemos

«UM MODELO HIDROMECÂNICO PARA ANÁLISE DE FUNDAÇÕES DE BARRAGENS GRAVIDADE EM BETÃO».

Autores: Nuno Monteiro Azevedo, Maria Luísa Braga Farinha

Keywords: Fundações de barragens gravidade, modelo hidromecânico, elementos finitos de junta.

Resumen: Apresenta-se a formulação explícita de um modelo hidromecânico em pequenos deslocamentos, baseado numa tecnologia de elementos finitos de junta. O modelo hidromecânico proposto requer um esquema de pré-processamento robusto, de modo a garantir que os contactos entre os diversos blocos que representam o maciço rochoso de fundação e a barragem são somente aresta/aresta. A parte mecânica do modelo, apesar de limitada a pequenos deslocamentos, tem a vantagem de permitir uma representação rigorosa da distribuição de tensões ao longo das juntas. A parte hidráulica do modelo é perfeitamente compatível com a parte me câ ni ca. O modelo hidromecânico é validado recorrendo a uma situação hipotética de uma barragem gravidade fundada num maciço com fraturação regular e a uma situação real de uma barragem em serviço, comparando os resultados com os obtidos com um modelo discreto em grandes deslocamentos. São também comparados os resultados de análises de estabilidade, concluindo-se que é possível avaliar a segurança ao deslizamento de barragens gravidade em betão recorrendo a modelos de interação em pequenos deslocamentos.

«ESTIMATIVA DA RESISTÊNCIA NÃO DRENADA ATRAVÉS DA ENERGIA DE CRAVAÇÃO DO SPT».

Autores: Camilo Andrés Muñoz Rodríguez, Fernando Schnaid, Edgar Odebrecht

Keywords: Resistência não drenada, ajuste estatístico, SPT, energia de cravação, eficiência
energética.

Resumen: O presente trabalho tem por objetivo a proposição de um método para a estimativa da resistência ao cisalhamento não drenada (Su) através de uma metodologia desenvolvida com base nos conceitos de
propagação de ondas transmitidas no ensaio SPT. As estimativas são baseadas em um banco de dados de ensaios realizados em depósitos argilosos, que subsidiam a análise e formulação da proposta. O método combina o cálculo da energia dos ensaios SPT à capacidade de carga estática por equilíbrio limite para uma estaca isolada. A estimativa de Su é obtida através de formulação para determinação do coeficiente de adesão α como função direta do NSPT, desenvolvida a partir de um ajuste estatístico. O método proposto resulta em estimativas na faixa de grandeza de valores observados em campo, com um coeficiente de correlação médio (r2) de 0,65%, que reflete a dispersão inerente de resultados de ensaios SPT.

«CORRELAÇÃO ENTRE MOVIMENTOS DE MASSA E PLUVIOSIDADE NAS ENCOSTAS DE JOÃO PESSOA/PB – BRASIL».

Autores: Fábio Lopes Soares, Geraldo Moura Ramos Filho

Keywords: Movimento de massa, pluviosidade, correlação

Resumen: As ocorrências de movimentos de massa na cidade de João Pessoa estão gerando preocupação à sociedade. Dado que a chuva é um dos principais agentes responsáveis pela deflagração dos deslizamentos, este trabalho busca realizar um estudo da relação da precipitação com os deslizamentos, objetivando encontrar um meio para monitorar e prever os movimentos de massa através do estudo de uma única variável, as chuvas. Foi delimitada a região a ser estudada, coletados os dados dos movimentos de massa e dos pluviômetros e, por fim, traçou-se curvas do tipo chuvas diárias vs. chuvas acumuladas, buscando índices de correlação (R2) ele va – dos. Encontraram-se resultados bastante significativos para a prevenção e o monitoramento dos movimentos de massa. Para a precipitação acumulada de oito dias foram encontradas três equações que se diferenciam pela gravidade do movimento de massa e, ainda, as correlações encontradas foram elevadas.

«ANÁLISE DAS TENSÕES IN SITU NA MINA CUIABÁ – SABARÁ – MINAS GERAIS – BRASIL».

Autores: Isabela Ribeiro Tropia, Rodrigo Peluci de Figueiredo

Keywords: Tensão in situ, discing, breakout

Resumen: Nos projetos de mina subterrânea, o estudo do campo de tensão in situ é fundamental, já que esses requerem, diretamente ou como dado de entrada, a orientação e a magnitude das tensões para o dimensionamento das suas escavações subterrâneas, suporte e reforço dessas, desenvolvimento de modelos numéricos, determinação de métodos e sequenciamento de lavra, previsão de rockburst, entre outros. O conhecimento do estado de tensão in situ geralmente se baseia nas deformações medidas em ensaios diretos como, por exemplo, o de sobrefuração. Por possuir um alto custo, geralmente, restringe-se esse tipo de ensaio a poucas medições. No entanto, outras informações podem ser avaliadas para a compreensão das tensões sendo denominados de métodos indiretos e indicativos, como discing e breakout. A análise e a comparação dos dados obtidos nos ensaios diretos com as informações de discing e breakout mostraram-se na Mina Cuiabá de grande valor para a concepção de um modelo das tensões in situ.

«CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DO SOLO DA CIDADE DE UBERLÂNDIA (MG) / BRASIL PARA UTILIZAÇÃO EM ATERROS SANITÁRIOS».

Autores: Ana Carolina Gonzaga, Filipe Augusto Silva de Almeida, Giovanna Monique Alelvan, Renata, Cristina de Oliveira Guimarães, Karla Maria Wingler Rebelo

Keywords: Caracterização geotécnica, impermeabilização, aterros sanitários.

Resumen: Apresenta-se um estudo dos solos lateríticos da cidade de Uberlândia (Minas Gerais) para utilização como camada de apoio e camada de solo compactado (CCL) de aterros sanitários. A avaliação do potencial de utilização dos solos analisados foi baseada nos critérios geotécnicos de granulometria e de limites de consistência, por meio de ensaios de caracterização física e de investigações geotécnicas. Foram ensaiadas quatro amostras de solo, abrangendo as duas unidades geológicas características da região. Com base nos resultados das características físicas, verificou-se que as amostras AM01 e AM02 pertencentes às regiões Norte e Leste da cidade, apresentam textura argilo-siltosa com potencial de utilização como CCL e como material de apoio para implantação de aterros sanitários. As amostras AM03 e AM04, pertencentes à região Sudeste e Sul, foram caracterizadas como de textura areno-argilosa, não atendendo aos valores mínimos desejáveis para utilização como CCL e como material de apoio.

«ESTUDO DA INTERAÇÃO SOLO-ESTACA SOB CARREGAMENTO HORIZONTAL».

Autores: Priscila de Christan, Rogério Francisco Kuster Puppi

Keywords: Solo, estaca, módulo de reação do solo

Resumen: Foi utilizado no estudo uma estaca vertical de concreto armado, submetida a carga horizontal e momento, parcialmente enterrada em um solo argiloso. O modelo de cálculo foi gerado no programa SAP2000, sendo a estaca modelada como elemento de viga e o solo representado por molas linearmente elásticas espaçadas a cada metro, baseado no modelo de Winkler. Os coeficientes de mola (Ki) foram calculados pela equação proposta por Vesic, que correlaciona o coeficiente de reação com as propriedades elásticas do solo. Os resultados do SAP2000 mostraram que a estaca apresentou o comportamento de estacas flexíveis, no qual tem os seus deslocamentos ocasionados devidos a flexão. A região que mostra o comportamento relevante da estaca está de acordo com as conclusões feitas por outros autores. Os máximos deslocamentos horizontais e momentos fletores encontrados no SAP2000 ficaram próximos dos valores obtidos pelo método clássico da equação diferencial.

«RESISTÊNCIA AO CORTE EM OBRAS DE TERRA – ALGUNS CONCEITOS E DEFINIÇÕES».

Autores: Luís Joaquim Leal Lemos

Keywords: Resistência ao corte, intersecção coesiva, coesão não drenada, comportamento drenado
e não drenado.

Resumen: A resistência ao corte em obras de terra é abordada com base no modelo de Mohr-Coulomb e nos conceitos do estado crítico. A análise drenada e não drenada é contextualizada na resposta do solo a um carregamento considerando a geração e dissipação da pressão da água nos poros. O parâmetro c¢, intersecção coesiva, é discutido considerando a influência volumétrica e de agregação entre as partículas, contexto em que são abordados os parâmetros de Hvorslev. São apresentados alguns resultados do saprólito granítico da Guarda. É abordada a problemática da resistência ao corte não drenada cu em solos “coesivos”, ou seja, solos com a capacidade de apresentarem um comportamento não drenado. É apresentada e discutida a determinação da resistência ao corte não drenada no laboratório, no campo, a partir dos índices físicos e de relações empíricas. É apresentado o comportamento normalizado dos solos moles da baixa aluvionar do rio Mondego obtido em laboratório a partir de amostras reconstituídas e ensaiadas no aparelho triaxial.

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