Este artigo pretende mostrar que, paralelamente ao sucesso da utilização dos geossintéticos em inúmeras aplicações, estes tiveram sempre de superar grandes desafios/estigmas para se impor no mercado, muitos deles relacionados com a sua durabilidade: numa 1ª fase era questionado se a sua durabilidade seria suficiente, tendo em consideração a vida útil das obras geotécnico-ambientais em que eram (e são) aplicados e mais recentemente, questionando a sua durabilidade excessiva, pondo em causa a sua sustentabilidade. Assim, pretende-se mostrar que a durabilidade dos geossintéticosé e sempre foi um fator de sustentabilidade e desmistificar esse estigma.

Na ilha da Madeira, existem vários reservatórios de água para diferentes fins, entre eles as albufeiras das barragens de Pico da Urze e da Portela. Estas infraestruturas têm em comum a particularidade de as características das formações geológicas vulcânicas ocorrentes e os materiais de construção das barragens não garantirem a estanquidade necessária para a retenção da água, tornando imprescindível o uso de geossintéticos na impermeabilização do corpo das barragens e das suas albufeiras. Na Barragem do Pico da Urze foi utilizado um geocompósito de impermeabilização (geomembrana de PVC termoacoplada a um geotêxtil) e na Barragem da Portela foi usada uma geomembrana de PEAD. A utilização destes materiais colocou alguns desafios ao nível da conceção e construção dos seus sistemas de impermeabilização. Neste artigo, apresentam-se os principais desafios enfrentados durante as fases de projeto e de construção dos sistemas de impermeabilização, que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil acompanhou noâmbito de assessorias técnicas prestadas aos donos de obra.

O artigo apresenta uma compilação de exemplos nacionais de investigação, desenvolvimento e

inovação relacionados com a transição verde e a transformação digital no âmbito da geotecnia nos transportes

e associados às terraplenagens, pavimentos e vias-férreas. No âmbito da transição verde, são apresentados exemplos de aplicação de materiais não convencionais e renováveis e de técnicas de estabilização baseadas na ativação alcalina de excedentes industriais. Em relação à transformação digital, são descritos desenvolvimentos com aplicação às terraplenagens, aos pavimentos rodoviários e à via-férrea (morfologia das partículas de agregado de balastro). Os exemplos apresentados no artigo demonstram a capacidade geotécnica que as empresas e as instituições do sistema científico e tecnológico em Portugal têm para o cumprimento das metas estabelecidas para a sustentabilidade e resiliência no setor das infraestruturas de transporte.

Neste documento agrega-se a informação partilhada na sessão de comemoração dos 50 anos da SPG e 75 anos do LNEC. Nesse evento pretendeu-se divulgar a organização da Comissão Portuguesa de Túneis e Espaço Subterrâneo (CPT), assim como os principais objetivos, atividades realizadas e constituição dos Grupos de Trabalho. Os coordenadores dos Grupos de Trabalho expuseram a situação das atividades em desenvolvimento em cada grupo – i) GT6 (Metodologias Construtivas: Métodos Convencional e Mecanizadonas Obras Subterrâneas); ii) GT5 (Investigação e Desenvolvimento – Ciclo de Vida das Obras); iii) GT4 (BIM e Gestão da Informação nos Túneis e nas Obras Subte rrâneas) e iv) GT2 (Engenhari a e Legislação: Práticas Contratuais).

5.- ENSINO E INVESTIGAÇÃO DA GEOTECNIA NAS UNIVERSIDADES EM PORTUGAL. UMA PERSPETIVA SOBRE AS ÚLTIMAS OITO DÉCADAS

Autores: Manuel de Matos Fernandes

Keywords: ensino, investigação, universidade, história, Sociedade Portuguesa de Geotecnia.

RESUMEN:

6.-O PROJETO CÁPSULA DO TEMPO E A HISTÓRIA DA GEOTECNIA EM PORTUGAL

Autores: José A. Mateus de Brito

Keywords: História da geotecnia portuguesa, obras geotécnicas portuguesas, património geotécnico.

RESUMEN: